quem sou?

Autor: Yanca K.


Fico triste em um momento, e tão logo me perco.
Mas, ao simples fato de me perder já me contrario, pois se ao menos sei quem sou.
Passo horas e horas distante, admirando uma perfeição irreal em minha face.
Tanto tempo para ver que a ilusão me assola, me acompanha.
Vi que de nada vale este meu sorriso escancarado e caloroso, esses meus olhos gentis e alegres, este meu cheiro agradável de brisa. Ou nem sei se é isso ao certo.
De mim, tudo desconheço.

Medos

Autor: Angela G.


Eu descubro a cada dia que o medo me encobre e penso que eu poderia mudar esse lado da questão.
Eu tenho a escolha de ser racional por inteiro e assim seguir em frente sem, jamais, questionar o que passou.
Eu tenho medo.
Tenho, também, a escolha de não ser racional e me arriscar, novamente, sem temer as consequências.
Eu tenho medo.
Como eu encontraria um meio termo? Trata-se aqui de uma questão delicada: meu futuro.
O fato de ser racional me leva a questionar ambas as minhas supostas escolhas e me leva a temê-las.
Sei qual seria a mais sensata decisão, mas e se assim for infeliz por toda a eternidade? Pelo simples fato de ter orgulho...
Sei que se me deixar levar, sentirei, amarei e me verei mais feliz que qualquer criatura, mas bem, por quanto tempo ?
O feliz me deixa a escolha de sentir, não pensar. Ah, e tenta-me perdidamente!
Vejo-me, assim, encolhida. Perco todo o meu tempo assimilando e quando alcanço, ou penso assim, desisto.
Há uma falta de foco que me comove e me atrapalha acima de tudo.
Sinto-me fielmente ligada a mim mesma quando me aparecem rostos conhecidos, conhecidíssimos.
Esses rostos pensam ter meu nome.Eles têm opiniões. Eles me perturbam.
Às vezes nada mais sou que um fantoche e as linhas que me seguram são esses rostos... Eles são tão importantes... não são?
Deixa-me, deixa-me, deixam-me ! Vocês!
Medos, indagações, escolhas, sentimentos, pensamentos, rostos, vocês...

And She Wrote.

Autor: Yanca K.


Ela olhava a tela luminosa na sua frente, sabia que algo a faltava.
Seria inspiração? Não isso ela possuía de sobra. Então porque não começava logo a por para fora seus mais loucos sentimentos?
Ela deitou-se e sentiu o cheiro de eucalipto que vinha do climatizador ao lado de sua cama. Aspirou a poeira que havia se acumulado sobre seu travesseiro para clarear a mente. Pensou em tudo que lhe havia acontecido e colocou as idéias bem organizadas, foi ao banheiro. Puxou o cabelo em um rabo de cavalo. Lavou o rosto com água gelada, e o secou em uma toalha áspera. Parecia tudo perfeito.
Voltou ao computador, a história pronta em sua mente. Sentou-se e digitou o título, mas a sensação de que algo faltava a abordou novamente. Desistiu.
Rolou para sua cama, adormeceu.
Acordou pensando saber a chave do segredo. Era simples, imbecíl, no entanto tinha sofrido com pouca coisa.
Suas mãos foram ágeis até a escrivaninha, arrancaram com pressa a gaveta que continha o antídoto. Pegou-o. Estava um pouco amarrotado, mas era o mesmo, daqueles que se usavam tantos anos atrás. Olhou-o com prazer, agora sim podia começar. Ela já sentia sua textura em sua mão, assim como sentia o sangue borbulhar em sua língua.
Apoiou o papel na escrivaninha e as palavras jorraram com brutalidade para ele, foram se encaixando uma após a outra. Como ela podia ter se esquecido a agradável sensação de escrever? Ah, sim. A culpa não lhe era cabível, e sim a toda aquela tecnologia idiota.

welcome !

sejam todos muito bem vindos, (se é que tem alguem visitando aqui RS).
nesse lindíssimo blog Yanca (eu) e a Angela (minha amiga)vamos postar alguns textos, idéias, sonhos e mais. De nossa autoria *-*
sinceramente, eu espero que gostem.

Beijos e beijos da yanca.






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