Medos

Autor: Angela G.


Eu descubro a cada dia que o medo me encobre e penso que eu poderia mudar esse lado da questão.
Eu tenho a escolha de ser racional por inteiro e assim seguir em frente sem, jamais, questionar o que passou.
Eu tenho medo.
Tenho, também, a escolha de não ser racional e me arriscar, novamente, sem temer as consequências.
Eu tenho medo.
Como eu encontraria um meio termo? Trata-se aqui de uma questão delicada: meu futuro.
O fato de ser racional me leva a questionar ambas as minhas supostas escolhas e me leva a temê-las.
Sei qual seria a mais sensata decisão, mas e se assim for infeliz por toda a eternidade? Pelo simples fato de ter orgulho...
Sei que se me deixar levar, sentirei, amarei e me verei mais feliz que qualquer criatura, mas bem, por quanto tempo ?
O feliz me deixa a escolha de sentir, não pensar. Ah, e tenta-me perdidamente!
Vejo-me, assim, encolhida. Perco todo o meu tempo assimilando e quando alcanço, ou penso assim, desisto.
Há uma falta de foco que me comove e me atrapalha acima de tudo.
Sinto-me fielmente ligada a mim mesma quando me aparecem rostos conhecidos, conhecidíssimos.
Esses rostos pensam ter meu nome.Eles têm opiniões. Eles me perturbam.
Às vezes nada mais sou que um fantoche e as linhas que me seguram são esses rostos... Eles são tão importantes... não são?
Deixa-me, deixa-me, deixam-me ! Vocês!
Medos, indagações, escolhas, sentimentos, pensamentos, rostos, vocês...

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